Mais um fim-de-semana que chegou ao fim.
Às vezes, tentamos tanto ser felizes que nos esquecemos que nada é eterno, que nada será para sempre. Porque existe, no mínimo, a morte.
Vivo muito para os outros. Nunca escondi isso, Nunca fiz disso um tabu e, sinceramente, talvez nem seja um defeito. è simplesmente uma forma diferente de viver e de encarar este labirinto e emaranhado de emoções que é a vida. Contudo, de há uns meses para cá, aprendi a viver não para os outros, mas com os outros. não que fosse egocêntrica ou egoísta antigamente; simplesmente aprendi a disfrutar da minha felicidade em conjunto com a dos outros.
Agora que estou longe, o medo de perder alguém acentuou-se. Porque penso de cada vez que volto a casa, que pode ser a última vez que abraço alguém que amo. Não vivo obcecada com isso, mas faz parte das minhas preocupações diárias.
Tenho a necessidade de falar com todos eles diariamente, nem que seja para os relembrar de quanto os amo, de como sou feliz porque os tenho ao meu lado.
Tenho medo. Um medo incessante de os perder.
Porque eu sou um pouco deles. E eles são um pouco de mim. E se eles forem, vão levar partes de mim.
Aí, esta Lara deixará de existir.
/Lara/