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Mai 09

Verde. A natureza, pura e tão bela. Tão nossa. Que persistimos em esquecer, que uma coisa tão bela, é algo igualmente tão frágil. Algo que ameaçamos destruir em cada movimento egoísta no querer lutar pela riqueza.

  A esperança; num futuro melhor, numa vida melhor. O querer continuar. O não desistir. O viver.

Amarelo. A luz. Ela. O meu anjo da guarda, será a minha. Como preciso dela.. . Como preciso que me continue a mostrar o caminho certo. Tenho medo de o perder.

    A amizade. É a sua cor. A cor de um sentimento tão nobre, de algo que tão poucos têm. Que tão poucos me dão.

Rosa. A inocência de uma infância feliz. Dos sorrisos cristalinos de crianças. A forma como vêem o mundo como uma bola de sabão, transparente, mas ao mesmo tempo, com o arco-íris lá dentro. E eles alcançam-no.

      Flores. Os espinhos também existem. Mas podemos sempre arranjar forma de os cortar, ou pelo menos, usar umas luvas. São tão lindas, tão diferentes. A panóplia de cheiros que nos proporcionam é perfeita. Variada. Singela.

Branco. A paz que tanto ansiamos. A paz para que tanto lutamos. As guerras que ela gera. O querer conseguir mudar. Yes, We can.

Laranja. O conjugar de outras. Simples, é o resultado da fusão de cores tão quentes e fortes. Símbolo do calor humano que emanamos em cada abraço, em cada relação. A união faz a força.

Roxo. A cor da moda. A cor que todos usam. Ou querem usar. A robotização do mundo que estamos a criar. O igual que todos queremos ser. O diferente que tanto teimamos em desprezar. Mas é a diferença que nos torna especiais. Únicos.

     A Igreja. O seu poder absoluto que és destronado não pelos ateus, mas sim por eles próprios. Pelo absolutismo que querem impor; pelo fechar de olhos que teimam em fazer. O mundo mudou. Precisamos que ela também mude. Que evolua. Que perceba que o seu maior inimigo são as leis que ela tenta impor, os problemas que ela tenta encobrir.

Vermelho. A cor forte. A cor que domina.

O amor. O maior de todos. O sentimento que tanto ansiamos em saborear e sentir, que, muitas vezes, acabamos por perder. O egoísmo e a individualidade que se instalou na sociedade, não permitem dar valor ao outro, agir em conformidade com o que amamos. E perdemos.

O sangue. Esse elemento tão poderoso. É a família quem mais amamos. É com ela que o partilhamos. Mas não é o sangue que muda as coisas. Amamos igualmente quem tem sangue diferente. Porque o coração é quem manda.

Preto. Estigmatizado pelo luto de quem amamos. Mas quem partiu tinha a sua cor, a sua essência. Podemos despedir-nos de qualquer cor, porque o que interessa é como o fazemos, não o que vestimos. E mudar a mentalidade. Porque estamos a evoluir.

            A cor da elegância, também das aparências. Porque é disso, que no fundo, todos querem e estão a viver.

Azul. A mais simples. A mais bela.

      O céu. Esse que no cobre na redoma fantástica que é a Terra. Que nos tenta proteger contra as ameaças que nós próprias construímos. A beleza e a simplicidade do que é melhor e maior que tudo.

 

 

 A vida. Um arco-íris sem fim. Uma palete de sensações que nos proporcionam pinceladas da cor que queremos. Somos donos da nossa caixa de lápis. Apenas temos de usar o que queremos e como queremos, de forma a criar a nossa maior obra de arte, a vida.  

 

 

[texto para a Fábrica de Histórias]


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