Verde. A natureza, pura e tão bela. Tão nossa. Que persistimos em esquecer, que uma coisa tão bela, é algo igualmente tão frágil. Algo que ameaçamos destruir em cada movimento egoísta no querer lutar pela riqueza.
A esperança; num futuro melhor, numa vida melhor. O querer continuar. O não desistir. O viver.
Amarelo. A luz. Ela. O meu anjo da guarda, será a minha. Como preciso dela.. . Como preciso que me continue a mostrar o caminho certo. Tenho medo de o perder.
A amizade. É a sua cor. A cor de um sentimento tão nobre, de algo que tão poucos têm. Que tão poucos me dão.
Rosa. A inocência de uma infância feliz. Dos sorrisos cristalinos de crianças. A forma como vêem o mundo como uma bola de sabão, transparente, mas ao mesmo tempo, com o arco-íris lá dentro. E eles alcançam-no.
Flores. Os espinhos também existem. Mas podemos sempre arranjar forma de os cortar, ou pelo menos, usar umas luvas. São tão lindas, tão diferentes. A panóplia de cheiros que nos proporcionam é perfeita. Variada. Singela.
Branco. A paz que tanto ansiamos. A paz para que tanto lutamos. As guerras que ela gera. O querer conseguir mudar. Yes, We can.
Laranja. O conjugar de outras. Simples, é o resultado da fusão de cores tão quentes e fortes. Símbolo do calor humano que emanamos em cada abraço, em cada relação. A união faz a força.
Roxo. A cor da moda. A cor que todos usam. Ou querem usar. A robotização do mundo que estamos a criar. O igual que todos queremos ser. O diferente que tanto teimamos em desprezar. Mas é a diferença que nos torna especiais. Únicos.
A Igreja. O seu poder absoluto que és destronado não pelos ateus, mas sim por eles próprios. Pelo absolutismo que querem impor; pelo fechar de olhos que teimam em fazer. O mundo mudou. Precisamos que ela também mude. Que evolua. Que perceba que o seu maior inimigo são as leis que ela tenta impor, os problemas que ela tenta encobrir.
Vermelho. A cor forte. A cor que domina.
O amor. O maior de todos. O sentimento que tanto ansiamos em saborear e sentir, que, muitas vezes, acabamos por perder. O egoísmo e a individualidade que se instalou na sociedade, não permitem dar valor ao outro, agir em conformidade com o que amamos. E perdemos.
O sangue. Esse elemento tão poderoso. É a família quem mais amamos. É com ela que o partilhamos. Mas não é o sangue que muda as coisas. Amamos igualmente quem tem sangue diferente. Porque o coração é quem manda.
Preto. Estigmatizado pelo luto de quem amamos. Mas quem partiu tinha a sua cor, a sua essência. Podemos despedir-nos de qualquer cor, porque o que interessa é como o fazemos, não o que vestimos. E mudar a mentalidade. Porque estamos a evoluir.
A cor da elegância, também das aparências. Porque é disso, que no fundo, todos querem e estão a viver.
Azul. A mais simples. A mais bela.
O céu. Esse que no cobre na redoma fantástica que é a Terra. Que nos tenta proteger contra as ameaças que nós próprias construímos. A beleza e a simplicidade do que é melhor e maior que tudo.
[texto para a Fábrica de Histórias]